Um aborto medicinal realizado nas primeiras 10 semanas de gravidez possui um risco muito baixo de ocorrência de complicações. Esse risco é o mesmo associado a um aborto espontâneo.

As complicações podem ser facilmente tratadas por um médico. A cada 100 mulheres que fazem abortos medicinais, 2 ou 3 têm de recorrer a um médico, a um centro de primeiros-socorros ou a um hospital. Em países onde o parto é considerado seguro, 1 em cada 10.000 mulheres morre durante o parto. Em cada 100.000 mulheres que fazem abortos medicinais, menos de 1 morre, o que torna o aborto medicinal mais seguro que o parto e praticamente tão seguro quanto o aborto espontâneo. Isto significa que um aborto seguro, utilizando a Mifepristone e o Misoprostol, é sempre uma forma de poupar vidas.

Não. Você pode tomar a Mifepristone e o Misoprostol sozinha. Usar estes medicamentos não é mais complicado do que tomar qualquer outro comprimido.

O nosso serviço de fornecerá instruções claras sobre como utilizar esses medicamentos, o que esperar do processo e quando recorrer a um médico. Caso você tenha alguma dúvida sobre algum passo do processo de abortamento, pode contatar o nosso helpdesk. Não é necessário que o aborto medicinal seja realizado em um hospital ou em uma clínica de primeiros-socorros.

Os riscos associados a um aborto medicinal são os mesmos que os de um aborto espontâneo. Cerca de 15% das gravidezes terminam em abortos espontâneos. Os abortos espontâneos geralmente não se dão em hospitais, mas nas casas das mulheres. A maioria das mulheres conseguem lidar com essa situação sozinha e apenas vai a um hospital em caso de problemas, como hemorragia intensa ou febre. Um aborto medicinal é semelhante a um aborto espontâneo.

Dessa forma, é possível tomar os medicamentos sozinha, em casa, desde que você seja saudável, não esteja grávida há mais de 10 semanas e viva a cerca de uma hora de distância de um local onde possa receber ajuda médica.

Uma consulta pela internet é bem similar a uma consulta feita pessoalmente.

Na consulta online, o médico faz perguntas para coletar informações necessárias para se certificar de que você pode realizar seguramente um aborto medicinal. O médico depende das informações que você fornece, assim como ocorre em uma consulta feita pessoalmente.

Existem contraindicações para o aborto medicinal. Você não deve usar os medicamentos se:

• alguém está forçando-a a terminar a gravidez.
• o primeiro dia do seu último ciclo menstrual foi há mais de 10 semanas.
• você é alérgica a Mifepristona, ao Misoprostol ou a prostaglandinas.
• você tem alguma das seguintes doenças: disfunção adrenal crônica, disfunções hemorrágicas ou disfunções/doenças relativas a sangramento, porfíria adquirida, anemia severa ou asma não-tratável (é bem pouco provável que você tenha alguma dessas doenças e ainda não tenha conhecimento disso).
• você tem um dispositivo intra-uterino (DIU). Ele deve ser retirado antes do uso dos medicamentos.
• você tem uma gestação ectópica (uma gestação fora do útero).
• você não tenha como chegar a um hospital ou pronto-socorro no período de uma hora.
• você estiver sozinha. Você deve pedir a um parceiro, a um amigo ou a alguma pessoa de confiança para te fazer companhia enquanto você usa os medicamentos.

Caso você tome os medicamentos e não esteja grávida, não haverá qualquer malefício para a sua saúde.

Contudo, você poderá sentir os efeitos secundários normais dos medicamentos, incluindo: náuseas, vômitos, diarreia, ou uma febre rápida que pode durar até 24 horas.

Mais informações:

“Há evidências de que o uso da Mifepristona por mulheres que não estão grávidas não implica em problemas médicos e acarreta poucos efeitos secundários”.⁷ O Misoprostol normalmente é usado em mulheres não grávidas para prevenir e tratar úlceras de estômago.

Você não deve usar os medicamentos se:

• alguém a estiver a forçar a pôr termo à sua gravidez
• não tiver a certeza se quer realmente interromper a sua gravidez
• o primeiro dia do seu último período menstrual tiver ocorrido há mais de 10 semanas
• tiver alergia ao Mifepristone, ao Misoprostol ou às prostaglandinas
• for portadora de uma das seguintes doenças: falha crónica das glândulas adrenais, doenças ou desordens hemorrágicas, porfírias hereditárias. (É altamente improvável que você possua uma destas doenças e ainda não saiba)
• tiver um dispositivo intra-uterino (DIU). Ele deve ser removido antes da utilização dos medicamentos
• tiver uma gravidez ectópica (uma gravidez que ocorre fora do colo do útero)
• não conseguir chegar a um hospital ou centro de primeiros-socorros no espaço de uma hora
• estiver sozinha. Deve pedir a um parceiro, amigo(a) ou outra pessoa de confiança para ficar com você durante a utilização dos medicamentos.

Depois de engolir o comprimido Mifepristona, existem três formas de usar os comprimidos de Misoprostol: debaixo da língua, vaginalmente ou bucalmente (no espaço entre a gengiva e a bochecha). Todos os três métodos têm a mesma eficácia.

Quando os comprimidos são introduzidos na vagina, pode levar até 4 dias para que se dissolvam. Portanto, aconselhamos fortemente uso do Misoprostol debaixo da língua. Desta forma, não serão encontrados restos dos comprimidos caso a mulher precise recorrer a um hospital.

Não existem exames de sangue que consigam detectar a Mifepristona e o Misoprostol e, portanto, que possam provar que a mulher tentou fazer um aborto.


Em países onde as mulheres possam ser criminalizadas ou perseguidas por terem feito um aborto, não é necessário dizer a equipa médica que tentou induzir um aborto, deve dizer que teve um aborto espontâneo. O médico NÃO CONSEGUE ver a diferença. O tratamento é o mesmo. O tratamento é uma aspiração a vácuo ou curetagem, durante o qual o médico remove os restos de tecido que se encontram no útero. Os médicos têm a obrigação de ajudar em todos os casos.